“Percebemos que as empresas jogaram a toalha”. A avaliação é do vice-presidente do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana, José de Souza, em relação ao pedido de resjuste salarial da categoria e a resposta das empresas diante do representante do Ministério Público do Trabalho (VEJA).
"A matéria do Protagonista sobre a situação das empresas circulou entre a categoria e retrata bem o que os empresários disseram na quinta-feira, na reunião com o Ministério Público, sobre possibilidade de reajuste salarial", salienta.
"Os empresários foram claros na reunião. Ou a Prefeitura dá o aporte financeiro necessário e combatem a clandestinidade, ou não têm mais interesse de continuar operando em Feira", revela Souza. O sindicalista diz que, no entanto, o Sindicato segue defendendo os direitos dos rodoviários e buscando, na Justiça, derrubar a liminar que impede a categoria de realizar greve, por melhoria de salário.
"O Ministério Público deu a todos 15 dias de prazo para apresentarem, detalhadamente, seus argumentos. Nós, do Sindicato, as empresas e o representante da Prefeitura", acentua. Sobre a possibilidade de as empresas saírem de Feira, José de Souza não demonstra preocupação. "Elas têm patrimônio que garantem os direitos dos rodoviários. São empresas, até aqui, idôneas. O que nos preocupa é quem vai substituir", salienta.
Segundo o dirigente, antes da pandemia as empresas São João e Rosa empregavam, juntas, cerca de 1.200 rodoviários. Hoje, de acordo com ele, o número não chega a 600.
(Foto: site Acorda Cidade)