A venda irregular de camisas dentro do Instituto de Educação Gastão Guimarães (IEGG), pela direção da instituição, denunciada pelo Protagonista (VEJA), repercutiu nesta terça-feira (7) na Câmara de Vereadores. O vereador Lulinha, líder do governo municipal na Casa, criticou o governo do estado pelo atraso na distribuição do fardamento em 2022, enquanto o vereador petista Professor Ivamberg preferiu usar a mesma mentira plantada pela direção do colégio para "justificar" o absurdo cometido.
"Denúncia divulgada pelo site 'O Protagonista', a suposta venda de camisa do fardamento para alunos no Instituto de Educação Gastão Guimarães, unidade da Rede Estadual (IEGG), está sendo contestada pelo vereador Professor Ivamberg (PT). Em debate nesta terça (7) com o vereador Lulinha (União Brasil), que criticou o governador Rui Costa em razão da notícia, o petista assegurou que todos os alunos receberam a clássica camisa azul, ou branca, para o atual ano letivo. A de cor cinza, segundo ele, é alternativa, de responsabilidade dos estudantes do 3º ano, uma tradição dessas turmas concluintes do Ensino Médio, nas redes pública e privada", diz matéria da assessoria da Câmara.
O vereador petista, por má fé ou desinformação, cometeu dois erros: primeiro, o governo do estado não distribuiu, ainda, o fardamento ao Colégio Gastão Guimarães; segundo, a camisa vendida pela direção não é do terceiro ano, como argumentou o nobre vereador. É para todas as turmas, para suprir a falta da camisa branca e azul.
O vereador Lulinha, além de ler a matéria do Protagonista em plenário, ainda consultou a direção do site. No plenário da Casa ele disse o seguinte. "O Protagonista teria confirmado a denúncia, de vários pais de alunos, que a camisa azul ou branca não teria sido disponibilizada pelo Estado, até este início de junho. E que uma camisa cinza estaria sendo vendida a R$ 35,00, à vista, com pagamento em espécie. Tal fato, uma vez confirmado, representaria 'crime de improbidade administrativa e peculato', de acordo com um advogado consultado pelo site. Nesse caso, estaria implicada a diretora do IEGG, professora Alfreda Xavier".
Após o pronunciamento de Lulinha, o vereador Professor Ivamberg saiu em em defendesa da direção do IEGG e do governo do estado. "É da iniciativa do aluno em fim de período escolar, que encomenda e paga. Usa quem quer", afirmou, de forma equivocada.
O Protagonista, antes de divulgar a denúncia das mães de alunos do IEGG, ligou três vezes para o colégio. Na direção foi informado sobre as condições da compra das camisas cinzas, "devido à não distribuição por parte do governdo do estado", como informado por uma funcionária. O valor de R$ 35 reais, informado, é para pagamento à vista.
Solicitamos ao vereador Professor Ivamberg enviar qualquer assessor, pessoalmente ou via telefone, para se informar sobre a comercialização das camisas cinzas. E, caso haja negativa por parte da direção, devido à divulgação da denúncia e sua repercussão negativa, temos testemunhos de mães e de alunos que compraram a vestimenta. E não são do terceiro ano, como afirma o vereador, de forma equivocada.