Governo do Estado desmente a Prefeitura de Feira: "não há surto de gripe no Hospital Estadual da Criança"

A Prefeitura de Feira e o Governo do Estado travam, nesta quinta (6), uma verdadeira guerra da informação. O município afirma que há surto de da gripe H3N2, enquanto o estado, através do Hospital Estadual da Criança, nega. Nessa briga do rochedo com o mar, sobra para o siri, ou melhor, a população.

Em publicação em seu site oficial, a Prefeitura diz o seguinte: "Um surto de H3N2 está confirmado no Hospital Estadual da Criança (HEC). O registro é apontado nos dados do boletim epidemiológico da SESAB (Secretaria da Saúde do Estado a Bahia). De 97 casos da Influenza A H3N2 em Feira de Santana, 60 encontram-se na unidade hospitalar pediátrica do Estado. Segundo o prefeito Colbert Filho, o surto impacta diretamente o município e pode comprometer a capacidade da unidade pediátrica estadual atender plenamente as crianças atingidas. Médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e auxiliares da saúde passam a ter limitações de atendimento e assistência”, salienta.

Já o Governo do Estado desmente a Prefeitura, em nota oficial: "Hospital Estadual da Criança (HEC) esclarece que não há surto de H3N2 no Hospital. De dezembro até hoje, 6 de janeiro, apenas 44 dos cerca de 1500 colaboradores da unidade, testaram positivos para a H3N2. Atualmente, três casos são considerados e os demais já retornaram às atividades habituais. Portanto, não há nenhum situação fora de controle. No primeiro momento de apresentação de sintoma gripal, o colaborador é afastado e a escala é coberta por outro profissional do setor, o que não ocasiona prejuízo para o atendimento assistencial", diz a nota.

"Além disso, o HEC também esclarece que, no mesmo período, 18 pacientes testaram positivo para a H3N2, sendo que sete encontram-se ativos e internados. Por fim, é importante salientar que a unidade está coletando teste para diagnóstico COVID-19, H3N2 e Influenza de todos os colaboradores e pacientes com qualquer sintoma gripal, e todos os colaboradores seguem fazendo uso dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e seguindo os protocolos de combate às síndromes gripais", conclui.