Insatisfeito com o que classifica como falta de atenção, Galeguinho SPA (PSB) mandou um recado direto ao comando do partido e, também, ao deputado estadual Angelo Almeida. Em entrevista ao repórter Elias Lúcio, do programa de Carlos Geilson, o vereador feirense abriu o verbo e deixou em aberto a possibilidade até de troca de legenda.
O vereador reclamou da falta de atenção dos caciques do partido e mencionou a diferença de tratamento durante as eleições para deputado, quando obteve 18 mil votos, sendo 15 mil em Feira de Santana, e recebeu bem menos verbas partidárias da legenda em comparação com outros candidatos.
"A gente saiu de 1700 votos, na nossa primeira eleição como vereador, para quase 18 mil votos, sendo que 15 mil votos só foram aqui dentro de Feira de Santana. A gente foi votado em 215 cidades sem ao menos ter ido lá. Eu sou de um partido centro esquerda, que é o PSB, e essa nossa votação foi essencial para que pudesse colocar lá no Congresso Nacional a deputada federal Lidice da Mata. Infelizmente a gente não tem muito suporte do partido aqui na cidade, mas a gente continua trabalhando com total independência, com total coerência e sempre colocando os interesses da população acima de tudo", reclama Galeguinho.
"Teve candidato que recebeu três milhões de verba partidária, outros deputados receberam mais de um milhão, e eu tive apenas o valor de cento e setenta mil reais, que não deu nem para pagar a parte gráfica", salienta.
Sobre o deputado Angelo Almeida, Galeguinho diz o seguinte: "Como eu falei, a questão da assistência na cidade, está pouca, aliás tem muito tempo até mesmo que a gente não consegue falar com o deputado Ângelo Almeida, que a gente não consegue falar com ninguém do partido. Porém, isso não tem nada a ver, porque eu continuo trabalhando, conduzindo meu mandato de forma coerente, de forma independente, transparente. Eu acho que talvez seja isso que incomoda tanto né? O vereador consegue fazer a política dele sem precisar de outras pessoas, de quem está superior à gente. Então, eu acho que talvez seja isso aí que acaba incomodando e me deixando tanto de lado. Aguardar chegar o ano que vem, janeiro, ver como é que vai ficar, como é que vai ser. Se ele (Angelo) me procurar para bater um papo, para dialogar, talvez a gente até consiga manter e continuar no partido. Caso contrário, cada um segue seu rumo", avisa.
(Entrevista ao repórter Elias Lúcio)
Politica é assim mesmo, caro vereador. O secretário está por cima da carne seca e não tem tempo para vocês.