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Atualizado em: 31-10-2025 08:45

De olho no próprio umbigo, vereadores que apoiam candidato forasteiro em Feira ficam retadinhos

Alegam que não foram consultados ou informados sobre a decisão acerca do retorno de Zé Chico ao partida e na condição de presidente do diretório municipal
De olho no próprio umbigo, vereadores que apoiam candidato forasteiro em Feira ficam retadinhos De olho no próprio umbigo, vereadores que apoiam candidato forasteiro em Feira ficam retadinhos

A movimentação política em Feira de Santana ganhou novos contornos com a reação exaltada de dois nomes de peso do União Brasil: os vereadores Zé Curuca e Lulinha. Ambos não reagiram bem a indicação de Zé Chico para assumir a presidência municipal do partido. Alegam que não foram consultados ou informados sobre a decisão acerca do retorno de Zé Chico ao partida e na condição de presidente do diretório municipal. Mas, nos bastidores, o barulho não é apenas por divergência interna — é por interesse eleitoral.


O incômodo dos dois tem endereço certo. Tanto Lulinha quanto Zé Curuca têm compromissos políticos com Gabriel Nunes, deputado federal e nome considerado “forasteiro” no xadrez feirense. Lulinha, inclusive, já admite disputar uma vaga na Assembleia Legislativa para formar uma dobradinha eleitoral com o aliado de fora — movimento que, inevitavelmente, entra em colisão com o projeto de fortalecimento local do grupo de Zé Chico.


O que se observa, portanto, é uma disputa que vai muito além da presidência partidária. O desconforto seria um reflexo da tentativa de alguns vereadores de transformar uma questão eleitoral em pauta interna do União Brasil. É olhar para o próprio umbigo.


Nos corredores da política feirense, há quem diga que os protestos soam como “reclamação de barriga cheia”. Afinal, os vereadores têm cargos, estrutura e prestígio dentro do partido — mas agora esbarram em um projeto que não passa pelo controle direto deles.


Zé Chico, por sua vez, mantém o discurso sereno, de que sua indicação busca “unidade e fortalecimento” do União Brasil em Feira. Já Lulinha e Zé Curuca, conhecidos pelo estilo combativo, prometem não facilitar a vida do novo comandante.


Enquanto isso, o prefeito José Ronaldo, apontado como articulador da escolha, assiste de camarote ao vaivém das críticas — e, ao que tudo indica, continua movendo as peças do tabuleiro com a mesma precisão de sempre.

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