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Atualizado em: 30-10-2025 16:56

Suposto toque de recolher em bairros de Feira repercute na Câmara

O tema dividiu opiniões entre os parlamentares
Suposto toque de recolher em bairros de Feira repercute na Câmara Suposto toque de recolher em bairros de Feira repercute na Câmara

Um suposto toque de recolher em alguns bairros de Feira de Santana, atribuído a facções criminosas em solidariedade às mortes ocorridas durante operação policial no Rio de Janeiro, foi debatido na Câmara Municipal durante a sessão desta quinta-feira (30). O tema dividiu opiniões entre os parlamentares. O vereador Silvio Dias (PT) reconheceu o esforço das forças policiais no combate ao crime organizado e afirmou que não houve determinação para fechamento do comércio. Para ele, trata-se de “uma indústria de fake news tentando criar um clima de insegurança que não existe”.


Mesmo com a circulação de informações sobre o suposto toque de recolher, ele afirma ter percorrido “tranquilamente” bairros como Queimadinha, Alto do Rosário, Santo Antônio dos Prazeres, Parque Getúlio Vargas e Rocinha, onde encontrou a rotina normal de funcionamento. Para o parlamentar, a sensação de medo é alimentada por condições precárias de infraestrutura urbana, que dão espaço para que os criminosos “se escondam e se fortaleçam”. Pontuou que ruas escuras e com mato alto favorecem a criminalidade: “segurança não se faz apenas com armamento, mas com políticas públicas”.


Outros vereadores manifestaram preocupação com o cenário. Ron do Povo (PP) relatou ter recebido ligações de moradores do bairro Gabriela sobre novas ordens de fechamento do comércio. Lulinha da Gente (União) disse que a população de Feira de Santana, especialmente no bairro Conceição II, convive com medo constante, apesar do reforço policial e das novas rondas na região.


O vereador Jurandy Carvalho (PSDB) destacou o empenho das forças de segurança e pediu mais apoio do Governo do Estado para reforçar o policiamento em Feira de Santana. Em uma perspectiva nacional, Ismael Bastos (PL) defendeu medidas mais rigorosas contra o crime organizado, citando o exemplo de El Salvador.


Já o vereador Pastor Valdemir (PP) lamentou o elevado número de mortes no Rio, mas ressaltou que parte das vítimas estava envolvida com o crime e reagiu à presença da polícia com armamento pesado. Para o vereador Marcus Carvalhal (PL), a violência deve ser enfrentada também com investimentos em educação e emprego. “O problema está no sistema, por isso precisamos de políticas que ofereçam dignidade e oportunidades para todos”, concluiu.
 

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