Nesta quinta-feira, 15 de maio, os motoristas que trafegam pelas BRs 324 e 116, principais rodovias que cortam a Bahia, amanheceram com uma boa notícia: a cobrança de pedágio está suspensa. A decisão vem após o fim do contrato da concessionária ViaBahia, cuja atuação foi marcada por promessas não cumpridas, lentidão nas obras e duras críticas da população e autoridades.
A partir de agora, a gestão dessas rodovias passa a ser feita, provisoriamente, pelo DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), que também assume trechos como a BA-526 e a BA-528 (Estrada do Derba), antes sob responsabilidade da ViaBahia.
Enquanto a licitação para definir uma nova concessionária não é concluída, caberá ao DNIT cuidar da manutenção e conservação das vias. O edital do novo contrato já está em fase final de elaboração.
No curto prazo, o alívio financeiro é evidente — ninguém vai pagar pedágio. Mas o futuro ainda é nebuloso. A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) estuda aumentar o número de praças de pedágio de sete para quatorze ao longo dos mesmos trechos. A justificativa oficial é que, com mais pontos de cobrança, a tarifa média por quilômetro percorrido cairia.
“Vamos supor que você só ande 20 quilômetros. Hoje paga por 90. Ao dobrar os pontos, a gente reduz a tarifa por trecho”, afirmou Sthéfany Quebaud, gerente de concessão de infraestrutura da ANTT.
O fim do contrato com a ViaBahia não encerra a novela sem custos: o governo federal fechou um acordo de R$ 681 milhões em indenizações à antiga concessionária. Desse total, R$ 231 milhões já foram pagos pela Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário (SNTR). O restante será quitado em parcelas até 2026.
Enquanto isso, motoristas seguem atentos: o pedágio acabou — mas só por enquanto. A expectativa é de que o próximo modelo de concessão evite os erros do passado e priorize o que nunca foi entregue: serviço de qualidade e respeito ao cidadão.
(Com informações da Agência Sertão)